Movimento maker: o que é e qual sua relação com a educação?

Quem não se lembra do personagem clássico da Disney chamado Professor Pardal? Ele era um inventor e estava sempre pensando em algo novo. O movimento maker chega para estimular todos aqueles que têm essa alma inventiva e criativa.

Este movimento é mais do que uma simples tendência, ele chega para revolucionar a forma de aprender, trabalhar e, de fato, fazer as coisas. Se você ainda não conhecia esse termo, não tem problema. Nosso post vai contar tudo que você precisa saber sobre o movimento maker. Acompanhe! 

Afinal de contas, o que é o movimento maker?

Desde que o mundo é mundo o ser humano tem inventado coisas, mas com a Revolução Industrial, o produto manufaturado perdeu espaço para o industrializado e os fazedores de coisas deixaram de ser figuras importantes.

Nos últimos anos, a manufatura voltou a ser valorizada e a cultura do “Faça-Você-Mesmo” — Do-It-Yourself ou apenas DIY — estourou pelo mundo. O movimento maker é uma extensão dessa cultura em que os fazedores (makers) inventam, consertam, modificam e fabricam suas próprias coisas.

Quando surgiu o movimento maker?

Com o estouro do computador pessoal, na década de 70, o movimento maker ganhou seus primeiros contornos. Você já deve ter ouvido falar de Stave Jobs, certo? Ele é o perfeito exemplo de um fazedor. Com a ideia de facilitar o acesso das pessoas aos computadores, criou a Apple em uma garagem e, com isso, revolucionou o mundo.

Entretanto, só no começo dos anos 2000 o movimento maker foi consolidado com a criação da revista Make e o surgimento na Maker Faire, uma feira para que os fazedores pudessem se encontrar e produzir suas ideias.

O movimento ganhou ainda mais força com o lançamento da RepRep, a primeira impressora 3D, também no começo dos anos 2000. Dessa forma, os custos para produção de protótipos diminuiu bastante, facilitando aos makers tirarem suas ideias do papel e fazer o movimento deslanchar de vez.

Nova Revolução Industrial?

O autor e físico Chris Anderson, que lançou o livro “Makers: a nova Revolução Industrial”, enxerga o movimento como uma nova revolução econômica e acredita que isso mudará a forma de trabalho nos próximos dez anos. Steve Jobs era um maker que revolucionou o mundo com suas ideias, e o caráter inovador de um fazedor é algo que o movimento incentiva e alimenta.

Para Chris o futuro econômico emergirá da evolução do Movimento Maker e o potencial de mudanças da forma de trabalhar — colaborativa e aberta, através da internet — vai gerar a nova Revolução Industrial. É o poder da indústria passando para as mãos dos usuários finais.

Como funciona no Brasil?

O movimento cresceu de tal forma que já existem lugares específicos para que os fazedores se encontrem e produzam suas ideias. Esses lugares são conhecidos como makerspaces.

Hoje, o movimento tem adeptos pelo mundo todo desde pessoas comuns até instituição consolidadas como o MIT, o famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Aqui no Brasil, existe desde laboratórios como o Fablab@School, desenvolvido por um professor brasileiro em parceria com o MIT, até sites especializados no assunto e mais de 25 makerspaces só em São Paulo. 

Além disso, diversas escolas que já compreendem a importância do movimento para a educação, influenciam seus alunos por meio de projetos e espaços — como laboratórios — voltados para cultura maker.

Por que o movimento maker é importante para mim?

O movimento maker prega que qualquer um pode ser um fazedor. Além disso, ele ainda possibilita que mais e mais pessoas coloquem suas ideias em prática e possam empreender com novos produtos e soluções para vida moderna.

As novas gerações estão cada vez mais conectadas, tecnológicas, empreendedoras e com vontade de mudança. No futuro, quem não souber programar ou mesmo prototipar, será considerado analfabeto. Entender o movimento é fundamental para sabermos como estimular alunos e professores a criar essa cultura de inovação e empreendimento. 

Aproveite para espalhar esse conhecimento e compartilhe esse post sobre o movimento maker nas suas redes sociais. Quanto mais pessoas souberem o que é a cultura maker, mais o mundo tem a ganhar.